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2005-10-27

Leixões-Benfica


Simão em grande


Simão aos 11 minutos faz um golo fantástico. Simão aos 85 faz outro golo igualmente fantástico. Pelo meio um jogo bem disputado, equilibrado, com uma equipa da liga inferior a lançar a sua táctica em clara afronta ao campeão nacional. Também o Leixões marcou um golo fantástico depois da equipa ter entrado muito nervosa. A pressão do Benfica era intensa e começava bem junto à sua defesa. Inclusivamente foi um dos jogadores mais experientes do Leixões, Jorge Duarte, quem perde a bola na jogada do primeiro golo da partida.
Nos primeiros 20 minutos de jogo o ataque do Leixões, procurava aproveitar os espaços entre os laterais e os centrais do Benfica. Sem um ponta de lança claro, as triangulações nasciam no meio-campo para tentar romper a defesa do Benfica, onde Anderson esteve seguro, ao contrário de Ricardo Rocha, mais intranquilo.
À meia-hora, o jogo estava amorfo, logo muito perigoso para a equipa que estava a ganhar. No seu primeiro pontapé de canto, o Leixões, marca-o para o interior da pequena área, junto ao primeiro poste. Tentativa clara de testar Rui Nereu. Segundo canto marcado directo à baliza, mas desta vez para o segundo poste. Rogério Gonçalves delineou uma estratégia clara de busca do erro do jovem guardião do Benfica nos lances de bola parada. O golo do Leixões irá nascer de um livre descaído para a esquerda da defesa do Benfica. Enquanto todos esperavam o centro, Nuno Amaro remata directo com intencionalidade. Não podemos afirmar que houve culpa de Rui Nereu, mas a inexperiência revelou-se, uma vez que a bola até entrou na área central da baliza. Mérito ao Leixões pela exeução de Nuno Amaro e pelo trabalho de casa muito bem estudado.
Numa primeira parte de bom futebol e belos golos destaque pela positiva para Malafaia, Guerra e Nuno Amaro, no Leixões, e Simão e Anderson no Benfica.
A Segunda parte começa com as duas equipas a recordarem-se permanentemente que este era um jogo a eliminar, evitando o erro e travando antecipadamente qualquer jogada de perigo. O Leixões acumulava cartões amarelos e problemas físicos. Até aos 65 minutos o jogo foi bem fraquinho. A partir daí, a maior frecura do Benfica permite-lhe ganhar ascendente. O aparente domínio do campeão nacional era aproveitado pelo Leixões para se lançar no contra-ataque com Marco Cadete e Jorge Gonçalves. A perda de bola Anderson aos 82 minutos vem no seguimento destas previsões escritas em tempo real.
Com Karyaka em campo o Benfica ganhou maior capacidade de circulação de bola e uma presença na área que Karagounis nunca conseguiu garantir. Algo lento e macio, Karyaka possui muito bom toque de bola e confere maior profundidade ao ataque com desmarcações geométricas, subtis que se revelam muito perigosas. No entanto, quem resolveu o jogo foi o actor do costume: Simão Sabrosa. Um golo extraordinário. Só um golo destes conseguiria colocar em silêncio e sentados nas cadeiras os fervorosos adeptos do Leixões. Pelo contrário os jogadores leixonenses lutaram bravamente, mas Simão é o melhor jogador português na nossa Liga, pela sua consistência e capacidade de criar desiquilíbrios. Assim sendo ganhou a equipa com mais argumentos, que sem fazer um jogo extraordinário, mostrou que já possui aquela velocidade de cruzeiro das equipas que ganham títulos e confiam nas suas capacidades. De fora ficaram só Quim, Nélson, Luisão, Petit, Geovani, Nuno Gomes e Micoli. Dá que pensar.Foi antes de mais um bom jogo de Taça. Com a festa de actores pouco comuns e a intensidade de um jogo a eliminar.
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1 Comments:

At 3:52 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ora aqui está a prova de que quando a malta se une o trabalho aparece!
Uns no norte, outros ao centro, naturais daquela aldeia, lá vão mantendo os assuntos na ordem do dia. Com a bola (leia-se futebol) sempre em cima da mesa. São os aficionados de bancada que gostam de futebol sem demagogias nem exageros e que sempre que podem lá vão assistindo aos desafios. E não é que eu, que nem sou aficionado, dou por mim a deixar aqui um post? Não será o desporto que nos une mas uma amizade de à muitos anos, vivendo e convivendo na dita aldeia. Será que já mostraram estes textos ao Ti Alberto? A mítica figura que conhece a bola desde que ela se cozia à mão com linhas de sapateiro e as chuteiras tinham travessas em madeira? E do Benfica dos anos 60 ("isso é que era!")Que tal postar aqui, de vez em quando, algumas das suas ideias? Fica o mote...

 

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